Os artigos que se seguem foram realizados por nós e surgem como forma de divulgação de algumas das conclusões, do nosso estudo, referente à mobilidade estudantil em Vila Real. A nossa intensão é a publicação dos mesmos também em jornais regionais a fim de permitir aumentar o numero de meios de comunicação fazendo com que a mensagem chegue a um maior número de pessoas.
Procura de habitação por
estudantes Universitários é muito superior à oferta
Um estudo realizado por um grupo de alunos do 12º ano da Escola
Secundária/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real no âmbito de Área de Projecto,
subordinado ao tema “Mobilidade
Estudantil em Vila Real”, permitiu concluir que na cidade de Vila Real a
procura de habitação por estudantes universitários é muito superior à oferta.
Num universo de 8 imobiliárias contactadas, todas afirmam que a procura
é bastante superior à oferta, sendo que 37 dos 59 estudantes universitários
inquiridos sentiram algumas dificuldades durante a procura de habitação.
O enraizado preconceito de que os estudantes danificam as habitações,
são desarrumados, pouco dados às lides
domésticas, borguistas e barulhentos leva a que muitos senhorios não arrendem
habitações a estudantes. Por outro lado, aqueles que o fazem argumentam que o
arrendamento a estudantes é sinónimo de maior lucro pois a maioria não passa
recibos de renda, praticando um acto ilícito que contraria as disposições
legais com o intuito de fugir ao pagamento de impostos.
A construção do túnel do Marão levou a
que vários trabalhadores, deslocados da sua área de residência, ocupassem
muitas das habitações destinadas a estudantes pelo que esta situação veio
agravar o problema da oferta de habitação para universitários.
Entrevistas realizadas a populares de
Vila Real, revelam que a população tem uma ideia errada, relativamente à
relação oferta/procura, pois pressupõe que existem mais habitações para
arrendar do que inquilinos universitários a procurar.
Apesar de Vila Real
disponibilizar um grande e razoável parque habitacional, este ainda não
satisfaz as necessidades de todos os estudantes.
Maioria dos senhorios não
passa recibo de renda
Um estudo realizado por um grupo de alunos do 12º ano da Escola
Secundária/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real no âmbito de Área de Projecto,
subordinado ao tema “Mobilidade
Estudantil em Vila Real”, permitiu concluir que a grande maioria dos
senhorios que arrendam habitação a estudantes universitários não passa recibos
de renda.
Existem quartos para arrendar de dois tipos de habitação: imóveis que se
destinam exclusivamente a essa prática e particulares que optam por alugar
quartos da sua residência privada a um inquilino.
Num universo de 59 alunos universitários inquiridos, que arrendam quarto
ou apartamento, apenas 14 afirmam receber recibo renda e a avaliação atribuída
às habitações, numa escala de 0 a 5 sendo 0 muito fraco e 5 muito bom, a média
atribuída é de 3, ou seja, os estudantes consideram que as habitações, a nível
geral, são razoáveis, o que não se verifica na maioria dos casos, no resto das
cidades do país cujas habitações para arrendar apresentam más condições de
habitabilidade.
Em relação à mensalidade imposta, esta ronda os 100 e os 150 € e 61% dos
inquiridos afirma que a prestação é adequada à habitação, apesar de na maioria dos
casos, as prestações não incluírem outros gastos como água, luz, internet e
condomínio.
O nosso estudo permite também concluir que, em Vila Real, a procura é
muito superior à oferta sendo que 37 dos inquiridos sentiram algumas
dificuldades durante a procura de habitação.
Quando contactados, a maioria
dos senhorios afirmam não passar recibo de renda praticando, deste modo, um acto ilícito que contraria as disposições
legais com o intuito de fugir ao pagamento de impostos. Assim, arrendar
habitação a estudantes é sinónimo de um maior lucro, devido não só a esta
prática mas, também, ao facto de o somatório das prestações de todos os alunos
que residem na mesma habitação, ser superior à prestação paga, por exemplo, no
caso de uma família.
Esta prática apesar ilegal é bastante
comum e tem ganho cada vez mais adeptos, pois nada tem sido feito para a
travar. A fiscalização é pouca ou nenhuma sendo que prejudica o funcionamento
da economia criando economias paralelas. Esta situação prejudica os próprios e
os demais contribuintes, pois se o estado não acarreta os impostos que
necessita, o resultado traduzir-se-á num aumento da carga fiscal e na adopção
de medidas alternativas que lhe permitam a realização das receitas necessárias.